terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Memórias...


Tu, a outra parte de mim, separada de mim, ainda guando era um ser andrógino. No início éramos assim, você e eu em mim e eu em ti. Nos perdemos quando caímos na roda das reencarnações. A procura de ti vivi e revivi e a procura de mim vivias e revivias. Ao nos reencontrarmos, renascemos, vivemos, viveremos e nos salvaremos. Uma parte de mim e uma parte de ti unidos seremos, tu minha alma gêmea.

Foi assim que respondeu, com essa poesia de Cecília Meireles. Dá para entender os mistérios de Deus.

Serenata - Cecília Meireles
"Permita que eu feche os meus olhos,
Pois é muito longe e tão tarde!
Pensei que era apenas demora,
E cantando pus-me a esperar-te.

Permite que agora emudeça:
Que me conforme em ser sozinha.
Há uma doce luz no silêncio,
E a dor é de origem divina.
Permite que eu volte o meu rosto
Para um céu maior que este mundo,
e aprenda a ser dócil no sonho
Com as estrelas no seu rumo."





Luz...







Tu, agora és parte de mim, integrada de mim. Somos agora como um ser andrógino, eu em ti e tu em mim, assim como no início fomos assim. Agora nos reencontramos. Permitido foi que fechasse os olhos e agora sabes que nem é muito longe e não é tão tarde! Sem demora, cantastes e esperastes pacientemente e a grande e nova iniciação veio. Emudecestes e sozinha fostes, e descobristes que não estais sozinha, na luz e no silêncio e a dor não mais existe e permitido estais que voltes teu rosto para um céu infinito, tendo o mundo apenas como microcosmo, e sejais sim, dócil nos sonhos com a estrela no seu rumo. Mesmo sendo parte de mim. Em Deus somos...para sempre.

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