Marcado pelo destino à que viemos,
todos nós temos essa marca, seja a marca
da vitória ou continuar na derrota e sempre novamente ter de voltar na roda da
sansara, o retorno, o nascimento e a morte e novamente tudo de novo, até que se
atinja o mais alto grau do Nirvana ou a
escolha em continuar no servir como Anjos Humanos.
Fevereiro de 1995, me pediu para fazer uns exames Ginecológicos
sem me dizer o porquê e confesso que nunca fui de procurar saber muita coisa
não, a não ser que espontaneamente ela quisesse me dizer. Fomos a Currais Novos
– RN, cidade vizinha com uma médica bem conceituada no exercício da profissão e
enquanto ela estava a fazer os exames, fiquei dentro do carro a meditar em algo
que tinha acontecido durante o meu recolhimento nas minhas meditações e orações
e adoração ao Deus a minha concepção e da minha compreensão e que as revelações
em forma de sinais tinham sido muito fortes.
Depois de um determinado
tempo, não muito curto chegou e chorava muito e perguntei qual o motivo do
choro e ela me respondeu: a médica falou que se eu quisesse engravidar ela
teria que fazer um tratamento que durava de seis meses a um ano e intensivo com
medicamentos que atuassem em virtude de problemas de polixistos e mesmo assim
não estimava qualquer garantia de sucesso.
Abracei-a, dentro do carro
naquele momento e olhei nos olhos dela e senti uma tristeza enorme porque
descobri que ela gostaria muito de ser mãe.
Algo mais forte me fez dizer
para ela naquele momento: Gilza, olhe... Você já está grávida. Olhou assustada
para mim e confirmei as minhas palavras que ela já estava grávida.
Numa coisa tinha um dom
muito especial, em momento algum nunca discutiu, nem me contradizia em nada, às
vezes sabia que eu estava errado em algo, mas esperava sempre o momento para dizer algo
que me fizesse enxergar as coisas de uma forma melhor e verdadeira.
Conto tudo isso, não falou
nada, diante da minha exposição sobre o assunto.
Silenciou durante dois
meses....
Lembro-me que estava no
estábulo cuidando de umas vacas porque foi sempre uma coisa que gostava muito,
chegava do Banco às cinco e logo passava até ás nove da noite, cuidando e
apreciando a beleza dos animais. São coisas que somente um verdadeiro
apaixonado pelo campo pode sentir, apesar da simplicidade.
Naquele dia, chegou sorrindo
e disse: Olhe o que tenho para mostrar-lhe... Recebi e ao abrir era um exame
positivo que ela estava grávida e teríamos um filho ou uma filha até o momento
não se sabia de nada.
Nada vai se alegrar,
perguntou-me: Respondi não tenho palavras Gilza porque a vontade de Deus se
cumpre e me cabe apenas sentir uma
felicidade bem comedida.
Ela respondeu: agora eu sei,
o que você falou naquele dia. Tive um sonho e caminhava em direção as estrelas
segurando a mão de uma menina e completou, então será uma menina e vai nascer
no dia do seu aniversário 25 de outubro.
A partir daí quem ficou
surpreso fui eu, diante de tamanha certeza.Conhecia
quando ela tinha uma certeza das manifestações: olhava fixamente nos meus olhos
e dizia: eu sei e balançava a cabeça em sentido afirmativo.
Respondi em forma alegre: lá
vem agora mãe gilzaaaaaaaaaaarrrrr.( lembrando daquela vidente conhecida como
mãe Diná).
Tudo se desenvolveu como
esperava, colocamos em prática todos os conhecimentos voltados para uma gestação
normal, com práticas de relaxamentos, concentrações, meditações, transcendência
através da música, sons vocálicos, etc. Enfim, fizemos tudo que a ciência
pedagógica deve estudar e desenvolver, que a educação começa antes da
concepção, durante a concepção, durante a gestação e após o nascimento também
durante um certo tempo, voltado para a pedagogia
espiritual da disciplina da obediência, até que a criança tenha a forma latente
do desenvolvimento mental para o conceito de mundo e humanidade. Falar disso
daria um livro, que talvez um dia se me for autorizado....
Coloquei: Gilza e nome da
menina você é que vai escolher.
Respondeu: no momento certo Deus há de mostrar como ela deve ser chamada.
Oitavo mês de gravidez, fomos a Baturité –CE, local
onde estavam fazendo peregrinações em virtudes das aparições de Nossa Senhora e
confesso que não sou muito de buscar esses tipos rituais, mas resolvi levá-la
numa viagem de excursão.
Ao chegar lá no momento das
orações e invocação da Divina Presença, as lágrimas rolavam pelo seu rosto com
uma simplicidade e eu apenas acompanhava e prestava atenção a tudo ao meu
redor, quando num determinado momento houve um silêncio tão grande no meio do
povo e todos olhavam para o sol, enquanto as orações ecoavam no ar pelo representante
não me lembro bem o nome do mentor espiritual, mas ele tinha as mãos cobertas e
nas mãos dele diziam, não cheguei a ver,
que as mesmas tinham as chagas, assim denominadas de Chagas de Cristo.
Justamente nesse determinado
momento, olhou para mim e disse: Ela vai se chamar Maria Clara, respondi: que assim seja.
Dia 25 de outubro de 1995,
enquanto pensava em comemorar meu aniversário, quer dizer, apenas recebendo os
parabéns como de praxe, ou alguém dizendo já com essa idade... o tempo passa e
a gente nem ver, essas coisas que para todos é sempre iguais. Nascia Maria
Clara ás quatro e trinta da manhã, e naquele momento do seu primeiro choro,
estava sentado em uma cadeira de balanço, já tinha fumado horrores e no rádio
tocava a musica de Roberto Carlos.... cubra-me com o teu manto de amor. Música
em homenagem a Nossa Senhora, aquela que diz assim....Nossa Senhora me dê a
mão, cuida od meu coração da minha vida. Me emocionei muito.
Cumprindo as rotinas da
nossa Ordem Rosacruz – Curitiba - PR, enviei uma fotografia dela com um ano de
idade e no ano seguinte 1996, fomos a Curitiba-PR, para Convenção Mundial da
AMORC, e ao chegar lá fomos visitar o Museu e enquanto olhava algumas relíquias
históricas, quando ela gritou do jeito
dela...Chaguinhaaaaaaa venha ver quem está aqui... Sobressaltei achei que
alguém conhecido que também estivesse por lá na Convenção e me dirigi até o
local de onde me chamava, e com uma alegria sem se controlar de tanto sorrir e
todos nos olhavam de uma forma curiosa,
sabem esse povo que visita Museu qual o nível educacional, e tive uma surpresa
também muito forte, porque em um dos painéis estava a fotografia de Maria Clara
entre os renomados escolhidos para estarem ali naquele painel, ou seja, entre os que se dizem
escolhidos ou de elevada Luz.
Esse fato tornou-se uma
festa e falatório durante toda a viagem, até mesmo no momento de tomar um
lotação o condutor recitou numa determinada parada: próxima parada, terminal Maria
Clara.... Ela disse: não ...é brincadeira.
O fato é que nossa filha Maria Clara sinto que aos
dezessete anos, tem um dom muito especial para a música e a mesma me acompanhou
no período mais difícil, que foi a noite que antecedeu a sua passagem para o
Reino da Luz, onde se respira o Eter, o
amor mais puro, a luz mais brilhante, orou, cantou todas as músicas que sabia,
ela cantou também junto com Maria Clara, enfim, foi um ritual muito bonito e que
num determinado momento a pedido de Dona Terezinha, professora que estava com a
sua mãe internada também, deitei-me um pouco e vi sobre elas uma luz azul tão
brilhante que dei um pulo da cama não assustado mas uma preparação, .como ela mesmo
citou nesse poema abaixo:
Luz...
Vela que queima,
Uma chama
acesa...
Na brisa suave
da noite escura,
Sua luz
reluzente no olhar ardente,
De um ser
eloqüente que vislumbra a sorte, ultrapassando a morte
Contornando a
dor...
Vela de chama
incessante,
Fruto colhido no solo da esperança,
Que alucinada
Fora plantada em
matas verdejantes.
Luz que alumia a
terra,
Traceja o
espaço,
Irradia o
amor...
(Gilza Medeiros
– 14.02.2012)
Agora me dou conta mais ainda, que tudo que aconteceu
naquela noite na Maternidade de Tenente Laurentino Cruz – RN, dia 23/12/2012 já
estava registrado nesse poema escrito por ela em 14/02/2012. Se Dona Terezinha
ler esses nossos escritos, certamente há de concordar comigo e testemunhar o
que aqui escrevi.
Olá Vida!
ResponderExcluirParabéns pelas inspirações e postagens.Valorizar cada momento é mágico.Faz a vida ficar cada vez mais especial e significativa.
Felicidades e conte comigo!
Abraços!
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