quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Memórias...




Para que continue os registros dos fatos mais recentes, torna-se necessário repetir a matéria colocada em 12 de novembro de 2011 – A visita dos Anjos, fazendo uma colocação que aconteceu à época e não registrei em virtude das mesmas terem sido muito fortes.

Naquela mesma noite, no meio da madrugada me assustei com algo diferente em sua respiração e pulei do sofá, e me dirigi para perto dela, coloquei a mão diante do seu nariz para ver se respirava, acordou e me perguntou, o que se passava foi ai então que coloquei com  uma certa violência na voz: tem uma coisa Gilza,agora você só vai quando o Senhor Jesus Cristo estender a mão e vier buscá-la, tá certo? E ela assentiu com a cabeça que sim...(guardem esses registros em vossas memórias, para que haja entendimento dos momentos finais).

“Ao retornar para o apartamento Gilza me pediu para ir ao banheiro, levantei-a com muito sacrifício em virtude de que,  ela não mais conseguia  levantar-se, pernas muito inchadas, a voz embaraçada, as palavras eram pronunciadas pela metade, apenas expressava gestos. Consegui levá-la, sentou-se,  demorou um tempão sem mais conseguir urinar, a barriga era enorme. Há dias que estava no isolamento,  sustentada apenas em soros, sei lá não entendo quase nada dessas coisas, se tomava algum tipo de chá logo vomitava.
Tinha chegado à hora mais difícil para mim. Ao retornar com ela para o leito me pediu para sentar um pouco na cama e me disse:
Precisamos conversar agora falei  que não, porque ela precisava  descansar.
Continuou...
Chaguinha,  olhe eu sei que a situação é muito difícil mas gostaria muito que todos se lembrassem de mim, não porque  tinha sido isso ou aquilo, não se lembrem da minha beleza, simpatia ou outras coisas que queiram falar. Mas, quero apenas que vocês se lembrem de mim, pela minha alegria, pelos  meus trabalhos como professora que é o que mais amo de fazer, educar aquelas crianças e deu uma pausa para as lágrimas escoarem.
Ainda, estou lutando não por você nem por Maria Clara porque vocês são adultos, mas ainda luto, pela minha filha Cecília que é tão pequena e tem me acompanhado dia e noite vendo meus sofrimentos, não  sei como estar a cabeça daquela criança.
A dor para mim foi tão grande que naquele momento sabia que ela estaria entregando os pontos.
Mas continuou...  acho que quando viu meus olhos marejados e arregalados pela dor ainda teve forças para dizer que: não se preocupe eu não vou morrer e vou continuar lutando.
Quando ela disse esta palavra que ia continuar lutando, meu espírito começou a cantar uma música chamada de “Soldado Ferido”. Cantada pelo Apóstolo Valdemiro Santiago.






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