Para que
continue os registros dos fatos mais recentes, torna-se necessário repetir a
matéria colocada em 12 de novembro de 2011 – A visita dos Anjos, fazendo uma
colocação que aconteceu à época e não registrei em virtude das mesmas terem
sido muito fortes.
Naquela mesma
noite, no meio da madrugada me assustei com algo diferente em sua respiração e
pulei do sofá, e me dirigi para perto dela, coloquei a mão diante do seu nariz
para ver se respirava, acordou e me perguntou, o que se passava foi ai então
que coloquei com uma certa violência na
voz: tem uma coisa Gilza,agora você só vai quando o Senhor Jesus Cristo
estender a mão e vier buscá-la, tá certo? E ela assentiu com a cabeça que
sim...(guardem esses registros em vossas memórias, para que haja entendimento
dos momentos finais).
“Ao retornar para o apartamento Gilza
me pediu para ir ao banheiro, levantei-a com muito sacrifício em virtude de
que, ela não mais conseguia levantar-se, pernas muito inchadas, a
voz embaraçada, as palavras eram pronunciadas pela metade, apenas expressava
gestos. Consegui levá-la, sentou-se, demorou um tempão sem mais conseguir
urinar, a barriga era enorme. Há dias que estava no isolamento,
sustentada apenas em soros, sei lá não entendo quase nada dessas coisas,
se tomava algum tipo de chá logo vomitava.
Tinha chegado à hora mais difícil para mim. Ao
retornar com ela para o leito me pediu para sentar um pouco na cama e me disse:
Precisamos conversar agora falei que não,
porque ela precisava descansar.
Continuou...
Chaguinha, olhe eu sei que a situação é muito
difícil mas gostaria muito que todos se lembrassem de mim, não porque
tinha sido isso ou aquilo, não se lembrem da minha beleza, simpatia ou
outras coisas que queiram falar. Mas, quero apenas que vocês se lembrem de mim,
pela minha alegria, pelos meus trabalhos como professora que é o que mais
amo de fazer, educar aquelas crianças e deu uma pausa para as lágrimas
escoarem.
Ainda, estou lutando não por você nem por Maria
Clara porque vocês são adultos, mas ainda luto, pela minha filha Cecília que é
tão pequena e tem me acompanhado dia e noite vendo meus sofrimentos, não
sei como estar a cabeça daquela criança.
A dor para mim foi tão grande que naquele momento
sabia que ela estaria entregando os pontos.
Mas continuou... acho que quando viu meus
olhos marejados e arregalados pela dor ainda teve forças para dizer que: não se
preocupe eu não vou morrer e vou continuar lutando.
Quando ela disse esta palavra que ia continuar
lutando, meu espírito começou a cantar uma música chamada de “Soldado Ferido”.
Cantada pelo Apóstolo Valdemiro Santiago.
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