domingo, 9 de outubro de 2011

Nova criatura também sou.

Vida nova se tem todo dia.
Realmente é difícil receber uma notícia de um diagnóstico cruel como o maldito câncer. Uma  sentença de morte sem piedade, assim na maior frieza sem lhe dar tempo de aceitar ou não o diagnóstico. É muito forte o impacto, ainda mais quando o médico diz:  “tem que ser operada agora”.
Doutor  mas...  Não tem essa chance de nem  mas, nem porém, já marquei com o Dr. Eduardo Pontes e ela tem que ir agora. As 16h30min minutos do dia 16 de setembro de 2010, o diagnóstico, às 17h00min horas viagem, às 18h00min já no Hospital em Currais Novos, às 19h00min, sala de cirurgia. Quase impossível tamanha urgência. Assim, prescreveu o Dr. José Fernandes, que se não fosse pelo devido reconhecimento que tem como profissional, seria uma verdadeira discordância de minha parte com relação ao diagnóstico.
Confesso que o impacto foi tão grande que passei um bom  tempo, sem assimilar   as informações.  Mas,  ao mesmo tempo, sabia que tinha que confiar em Deus e depois na equipe médica, principalmente no Doutor José Fernandes, que sabia ter uma experiência reconhecida. 
Era notório o  quanto a minha companheira, esposa, mãe, amiga e mulher estava padecendo  e de forma muito rápida, a cada dia os sofrimentos aumentavam.  Durante as noites sofria muito, tinha pesadelos, mas achava que era algo simples, porque a pouco tempo antes do dia 16 de setembro tinha feito exames, e não havia muitas preocupações.
Sempre fui uma pessoa voltada para os estudos de assuntos  profundos e polêmicos, buscando  verdades. Procuro  sempre penetrar nas águas mais profundas, sejam quaisquer tipos de assuntos, sei que não é muito aconselhável a investigação sobre  muitos assuntos misteriosos, mas que posso fazer sinto-me bem ao estudá-los.  Mas, confesso que a surpresa de uma má notícia daquela estirpe é para desestruturar qualquer  pessoa.
Encaminhada para Currais Novos-RN, consegui chegar antes do horário da cirurgia junto com as minhas duas filhas, Clara e Cecília, porém não deu mais tempo para vê-la porque já estavam preparando-a  para os procedimento cirúrgicos.
Não havia alternativa que se pudesse escolher, entre ficar, esperar e não querendo deixar minhas filhas sozinhas num momento como aquele, principalmente a menor Maria Cecília que não larga  da mãe em momento algum e naquele instante, o que fazer?

“O Senhor é o Meu Pastor nada me falta”. 

Continua...

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