sábado, 9 de julho de 2011

A visita dos anjos...


Chegamos à Natal por volta das 16 horas e fomos direto para o Hospital Luiz Antônio. O CSO (Urgência do Luiz Antônio) estava cheia. Muita gente na fila de espera. Só existem cinco leitos disponíveis no CSO e muitas pessoas doentes... Ficamos esperando, esperando e comecei a passar muito mal, vomitava sem parar... Chaguinha conseguiu falar com Dr. Carlos Afonso e ele orientou que fossemos para casa, pois eu só iria ser atendida lá pela madrugada, uma vez que não existiam vagas nos leitos e que a fila de espera estava grande, na manhã seguinte eu voltaria. Fomos para a casa de Fátima, irmã de Chaguinha. Passamos a noite e na manhã seguinte, Toinho nos levou para o Hospital. Chegamos cedinho e logo fui atendida. O médico resolveu fazer uma parassíntese para a retirada de líquido, a ASCITE. O procedimento é o seguinte: O médico anestesia o local, (a barriga) e coloca uma agulha, tipo aquelas de cozer sacos, com um fio daqueles de soro para a saída do líquido. A gente tem que ficar imóvel. Desta vez não conseguimos nada. No final do dia fui para a casa de Neném e não parava de vomitar. Na madrugada voltei para o CSO. A médica de plantão me passou um novo medicamento que aliviasse as dores e o vômito, mas de nada adiantava... No dia seguinte, Dr. Carlos pediu novos exames e mais uma vez fui para casa. Dois dias depois voltei ao CSO. Internada mais uma vez. Dores, muitas dores. Vômitos... Passei mais uma noite, Chaguinha ao meu lado. No dia seguinte, novos exames e desta vez Dr. Carlos disse: “vamos ter que internar. Gilza, você vai para o isolamento. Suas defesas estão baixas demais”. Levaram-me para o isolamento. Estava novamente com uma sonda. Mais uma vez sem comer, sem beber água... Minha situação não era boa. Monique foi dormir comigo. Um apartamento com ar condicionado. Não podia receber visitas. Meus acompanhantes tinham que usar máscara e não podiam chegar perto de mim...
Segundo Monique, eu já estava sem completar as frases. Dormia e vomitava...
Eu não conseguia pensar muita coisa, porém não perdi a consciência...
No meio da madrugada acordei com duas pessoas me olhando. Eram dois homens vestidos de branco. De início pensei que fossem os enfermeiros, depois percebi que não eram. Fiquei a olhar para eles e eles se entreolharam e sorriram para mim. Um dos homens ficou com as mãos sobre os meus pés e o outro se dirigiu para a minha direita. Chegou calmamente, colocou a mão sobre a minha testa, fez o sinal da cruz, sorriu e eu adormeci...
Continua...

2 comentários:

  1. Que delicada a Presença do DIVINO... Só percebem pessoas muito especiais e queridas por ELE, como você! Fica na PAZ!

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  2. Gilza, você é uma pessoa forte e corajosa. Sentimos a presença do Cristo muito forte em você! Estamos unidos e reunidos em oração...

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